Sem trancos nas vendas - CAMBIOS AUTOMATIZADOS
Embora não tão suave quanto o câmbio automático, a transmissão automatizada caiu no gosto do consumidor. Conheça a opinião de quem tem
FONTE - Revista Auto Esporte
De acordo com a Fiat, 65% dos Stilo e Linea são Dualogic
A receptividade do público foi tão positiva que logo vieram carros menores com a tecnologia. Cinco compactos da Volkswagen (Gol, Voyage, Fox, Polo e Polo Sedan) já dispõem do câmbio ASG em suas versões 1.6 I-Motion. “Recebi 15 unidades do Gol I-Motion no começo do ano e já não tinha mais nenhuma na segunda quinzena de janeiro”, relata Allan Davyd, consultor de vendas da concessionária Caraigá Morumbi, de São Paulo. Segundo a VW, cerca de 40% dos Gols 1.6 serão automatizados.
Volkswagen utiliza sigla I-Motion para seus automatizados, enquanto a Chevrolet adotou o termo EasyTronic
Conforto e economia
O designer digital Alex Rosa, de São Paulo, está feliz da vida com seu Stilo Dualogic 2009. “Fui atrás de um Stilo manual, mas quando vi que a diferença de preço para o Dualogic era pequena (pouco mais de R$ 2 mil), não tive dúvidas.” Após se acostumar ao conforto de não ter pedal de embreagem, ele não voltaria para um carro manual. “Perde muito pouco desempenho e só dá tranco quando se pisa fundo no acelerador. É muito bom.”
Alex Rosa, dono de um Stilo Dualogic: "Não volto mais para o manual"
A economia de combustível é outro ponto positivo. O auditor paulista Osny Gussoni Jr., dono de um Polo Sedan I-Motion 2009, garante que seu gasto no posto é praticamente o mesmo de quando ele tinha um Polo hatch manual. O que falou mais alto, porém, foi o preço de compra. “Eu queria um automático de verdade, um Golf GT, mas achei caro e preferi o Polo, que já me atende bem”, diz. “Ele dá um solavanco na troca da 1ª para 2ª marcha, mas depois disso as mudanças são praticamente imperceptíveis.”
O preço também foi fator predominante para o funcionário público José Nobre, do Rio de Janeiro, comprar um Meriva Easytronic em 2008. Deficiente físico, Nobre tinha um Fit antigo com câmbio automático CVT, mas achou que a nova geração do Honda ficou cara demais. “O Meriva não é tão suave quanto o Fit CVT, claro, mas os trancos não chegam a me incomodar. Fora isso, gosto da opção das trocas manuais. O único problema é que esse motor 1.8 consome bastante”, pondera. Questionado sobre se compraria outro automatizado, ele não pensou duas vezes: “Acho ótimo que agora já existam opções mais baratas e menores, como Palio e Gol. Meu próximo será um desses”.
Câmbio travado
O conforto de dar férias ao pé esquerdo causou um enorme desconforto na vida do contador André Queiroz, do Rio de Janeiro. Com apenas 900 km rodados, seu Polo I-Motion 2009 simplesmente sofreu um “apagão” na transmissão. “Eu dirigia normalmente com o câmbio em Drive quando de repente o carro deu um tranco e ficou sem marcha. Logo depois, o sistema engatou a 1a marcha e o hatch não andou mais. Na ocasião, um carro que mudava de faixa bateu na porta do meu Polo por causa da travada”, conta Queiroz. E a chateação estava
apenas começando.
Como o carro travou com a marcha engatada, ele não saía do lugar nem empurrado. “Foi preciso um daqueles guinchos em que as rodas da frente do veículo rebocado vão suspensas para levar o Polo até a concessionária Abolição, na zona norte do Rio, perto de onde ocorreu o incidente. “O problema é que nessa autorizada ninguém sabia mexer no câmbio. Então, exigi que o carro fosse levado para a concessionária Destak, no bairro das Laranjeiras, onde o Polo havia sido comprado.
Como a VW negou o pedido, tive de acionar meu seguro para fazer a mudança”, reclama o contador. “Na
Destak, foi preciso trabalhar em conjunto com a engenharia da marca em São Bernardo do Campo (SP) para diagnosticar o problema, que ainda permanece um mistério. Disseram que vou receber um laudo em breve.”
Resultado: Queiroz ficou 47 dias sem o Polo e, mesmo com a troca do câmbio por um novo na garantia,
perdeu a confiança no carro. “Automatizado nunca mais!”, desabafa.
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