Volkswagen / Novo Jetta
O segmento de sedãs médios é um dos mais agitados do Brasil. O filão que é liderado por Toyota Corolla e Honda Civic atrai várias montadoras, todas dispostas a pegar carona no sucesso da dupla japonesa. Depois de passar anos vendo a briga de longe, a VW quer entrar de cabeça na disputa com o novo Jetta, uma das estrelas da marca no Salão.
O modelo representa uma mudança de postura da Volkswagen. O antigo Jetta era vendido em versão única, recheada de itens que elevavam o preço do carro ao patamar de rivais maiores, como o Ford Fusion. A sexta geração vai por um caminho diferente, já que serão duas versões. Uma delas será mais luxuosa, equipada com o motor 2.0 TFSI de 200 cv. A outra, mais básica, terá o conhecido propulsor 2.0 Total Flex usado no Bora mexicano. E será justamente da opção aspirada a responsabilidade de combater Civic e Corolla.
O novo Jetta tem um toque brasileiro em seu projeto: o designer J.C Pavone foi o responsável pelo design externo do carro. Suas linhas são mais conservadoras que o antigo Jetta, mas o carro é facilmente identificado como um Volkswagen. Basta observar a grade dianteira e o desenho dos faróis horizontais. Parecem familiares? É a identidade visual da marca, presente em todos os novos modelos da marca alemã, desde o Fox até a Amarok.
Quem vê o Jetta de traseira provavelmente vai se lembrar do Audi A4. De fato, o desenho das lanternas é muito parecido com o sedã das quatro argolas, embora a disposição das luzes associe o carro a um VW. O interior é outro ponto em comum com outros Volkswagen. O painel de instrumentos com dois mostradores circulares em destaque é encontrado em modelos europeus, como o Golf VI, e brasileiros, vide a perua SpaceFox.
Chama a atenção também o acabamento mais simples em relação ao antigo Jetta, com plásticos mais duros e materiais menos nobres. Já o espaço para os passageiros cresceu. O novo Jetta tem 4,64 metros de comprimento (é nove centímetros maior que seu antecessor e mais comprido que Civic e Corolla) e 2,65 metros de entre-eixos – oito centímetros a mais que o antigo Jetta, mas menor que os rivais de Toyota e Honda.
Na parte mecânica, a novidade é o motor 2.0 TFSI, que tem injeção direta de combustível e turbocompressor. São 200 cv à disposição do motorista, que fazem o Jetta acelerar de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos e atingir 236 km/h, segundo números divulgados pela montadora. O propulsor 2.0 flex, por sua vez, entrega 120 cv com etanol e 116 cv com gasolina.
A Volkswagen ainda não divulgou os preços do Jetta. Se os valores forem competitivos, a VW pode estar no caminho certo para voltar a ser prestigiada entre os sedãs médios, status que já desfrutou no fim da década de 80 e começo dos anos 90 com o Santana.
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