Por que não a bicicleta?
Você conhece essa história. Nas grandes cidades brasileiras, quando chega cinco, seis horas da tarde e o trânsito começa a travar, é muito comum alguém soltar o veredicto: “isso aqui não vai melhorar é nunca!”. Mas será que vai ser mesmo assim?
Se depender de novas idéias que estão surgindo por aí, a esperança de um trânsito melhor não morreu ainda não. E, muito pelo contrário, há quem veja nas ruas e avenidas não só fluidez e dinamismo, mas também um lugar para cuidar da saúde e ampliar os laços sociais. Quem conta isso é Ronaldo Balassiano, engenheiro especialista em gerenciamento de mobilidade.
Para os pessimistas de plantão, Balassiano retrucaria: “por que não a bicicleta?”. Foi esse o título da palestra proferida pelo professor durante o ciclo “Trânsito e Mobilidade nas Metrópoles”, promovido pela CPFL Cultura. Para Balassiano, que há anos estudo problemas e soluções para o trânsito, está na magrela a grande saída para os nós de nosso sistema de mobilidade urbana.
E a idéia é simples. Para fluir, o trânsito precisa funcionar de forma integrada, em que várias modalidades de transporte estejam disponíveis e possam ser combinadas. E quer elemento mais integrador que a bicicleta, fácil de guardar em um bicicletário ou de transportar num suporte colocado nos carros, em ônibus ou no metrô?
Além disso, “mais bicicletas nas ruas faria bem para a saúde, com o exercício da pedalada, e possibilitaria a aproximação das pessoas, que se encontrariam nos bicicletários ou durante os trajetos, em pontos de descanso”, argumenta o engenheiro.
As montadoras também estão pensando nas bikes, acredita Balassiano, que mostrou a “Think Blue”, conceito de bicicleta elétrica da Volkswagen (foto acima), como exemplo. E você, o que acha dessa idéia?
Serviço: As palestras do ciclo “Trânsito e Mobilidade nas Metrópoles” vão até o final de setembro, acontecem às quintas-feiras no Centro de Excelência da FAAP, em São Paulo, e tem entrada gratuita. Mais informações estão disponíveis no site www.cpflcultura.com.br.
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