Porsche nunca deixa de ser Porsche (especialmente no preço)
Hoje meu dia não começou muito bem. Levei uma daquelas batidinhas na traseira, comuns quando o trânsito para. Não foi nada tão grave. Bati na capa do para-choque, de dentro para fora, e ela voltou uns 95% ao lugar.
Mesmo assim, eu precisava dar um jeito de melhorar meu astral matinal, muito mais estragado que o para-choque do Civic. Resolvi parar em uma loja de carros usados, para dar uma olhada em um Porsche 928, há dias estacionado lá. Foi mais por curiosidade, porque no meu roteiro, numa das avenidas da Zona Norte de Sampa, são comuns veículos nacionais, novos e usados, não Porsche.
Para começar, acho que está escrito na minha testa que eu não tenho dinheiro, porque fiquei rodeando o carro e ninguém se aproximou. Não achei o carro muito impecável, nem por dentro, nem por fora. E me assustei com o preço. Quando perguntei, o cara da loja me disse que era ano 85, e que custava R$ 130 mil.
Para quem não sabe, o 928 já era um Porsche “impuro”, muito antes do Cayenne. Foi produzido entre 1978 e 1995, tinha motor V8 dianteiro e quatro lugares. Foi o “Panamera” da época, e era o Porsche mais caro de então. A chave de ignição fica à direita do volante (e não à esquerda, como manda a tradição da marca). Achei caro, e fico pensando quanto custaria a manutenção de um carro desses. Uma coisa é certa (e nisso o vendedor deve ter razão): não é para mim.
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