domingo, 17 de abril de 2011

Novo Bentley Continental GT 2012: mais rápido e arrojado

Segunda geração do superesportivo conta com motor W12 bicombustível de 575 cv

O novo GT 2012 é puxado por 15 cavalos a mais que seu antecessor. São 575 cv e 71,34 kgmf de torque. O superesportivo deve chegar nos Estados Unidos na faixa dos 195 mil dólaresEmbora ele pese mais do que muitos utilitários esportivos e se pareça com o esportivo de fim de semana de um príncipe, o Bentley Continental GT 2012 se supera em fazer o que você imagina que ele não consiga – nesse caso, voar de 0 a 96 km/h em 4,4 segundos e atingir uma velocidade máxima de 318 km/h. “As coisas não são sempre o que parecem”, é mais ou menos o que o clichê diz.

Além disso, o exterior da chamada “segunda geração” do Bentley de duas portas foi pensado com atenção e completamente reestilizado. Cada painel da carroceria é novo, e as portas e a tampa do porta-malas se juntam à lista de itens feitos de alumínio. Mesmo assim, ele guarda uma forte semelhança com a primeira geração que estreou no modelo 2003 – pelo menos em uma primeira impressão – e, na superfície, não parece ser muito melhor à luz de seu antecessor. Mas ele é. E de longe. Em termos de estilo, velocidade e sofisticação, ele é enganosamente especialista.

Da grade dianteira mais baixa e vertical e os faróis de LED que parecem uma metralhadora giratória e acendem automaticamente com o carro em movimento (mesmo de dia), até a tampa do porta-malas mais avantajada e lanternas envolventes com dois ovais em LED que parecem flutuar, o novo GT é mais arrojado. De fato, suas linhas são literalmente mais arrojadas, graças ao super forming, uma técnica avançada de manufatura que esculpe os painéis da carroceria em uma única peça de alumínio, permitindo aos projetistas criar linhas muito acentuadas e superfícies muito suaves.

O cupê conta com um transmissão automática ZF de seis marchas e sistema de tração integral contínua que divide o torque em 40/60 para as rodas da frente e de trás Pessoalmente, o novo GT parece mais baixo, mais largo e mais feroz do que antes, embora a altura total tenha aumentado em 18 mm. As rodas padrão são de vinte polegadas, com as de 21 chegando ao catálogo de opcionais pela primeira vez. O coeficiente de arrasto caiu de 0,34 para 0,33 em grande parte devido às melhorias aerodinâmicas na assoalho próximo aos compartimentos das rodas e escapamento. As bitolas dianteira e traseira são mais largas e a proporção da altura das janelas em relação à carroceria foi ajustada. Ambos colaboram para criar uma postura agressiva como se as rodas houvessem sido empurradas para os cantos.

Comparado a seu antecessor, o novo GT 2012 é puxado por 15 cavalos a mais (575 cv a 6000 rpm) e 5,1 kgmf adicionais de torque (71,34 kgmf a 1700 rpm), resultando em um carro de 2,3 toneladas que produz maior aceleração e respostas mais rápidas. Além disso, o motor em W ainda murmura baixinho em aceleração baixa a moderada, mas agora soa muito mais agressivo de pé embaixo, como fazer um teste para integrar o time de corridas da Audi.

O consumo de combustível é estimado em 5 km/l na cidade e 8 km/l na estrada e o motor W12 FlexFuel aceita também etanol.Muito da melhoria no trem de força é atribuída à transmissão automática ZF de seis marchas, que tem um conjunto de engrenagens planetárias mais forte e, ao modo do cupê Supersports, o sistema Quickshift que corta pela metade o tempo das trocas e permite reduções duplas instantâneas. O consumo de combustível é estimado em 5 km/l na cidade e 8 km/l na estrada e o motor W12 FlexFuel pode até beber etanol.

Com as já mencionadas bitolas mais largas e uma suspensão que faz mais uso de alumínio com novas molas, amortecedores e barras antirrolamento, o GT se comporta como o Supersports – com pés surpreendentemente leves. Em vez de se comportar como uma máquina de 2.300 kg, ele parece ser uma picape leve.

Além de o novo GT herdar a transmissão Quickshift do Supersports, ele também se beneficia do sistema de tração integral contínua que divide o torque em 40/60 para as rodas da frente e de trás como no manda-chuva, o que resulta em uma condução mais esportiva e neutra, especialmente em um veículo que carrega cerca de 55% de seu peso sobre o eixo dianteiro. A direção progressiva tende para leve, o que é bom já que tanto a linearidade quanto a resposta são excelentes. Os discos de freio padrão em aço medem 403 mm de diâmetro na frente e 335 mm atrás e naturalmente fornecem uma grande força de frenagem.

Por dentro, o cupê ficou mais sofisticado: revestimento que utiliza couro e metais. Os assentos dos ocupantes ganharam 45 mm de espaço a mais, graças ao novo recorte do interior.Atrás do volante de três raios revestido de couro, o GT aumentou seu nível de sofisticação. O sistema de entretenimento e informações, controlado através de seletores rotativos clássicos ou por uma tela sensível ao toque de oito polegadas, tem sistema GPS com informações em tempo real sobre o tráfego e acesso ao Google Maps. O sistema de som opcional Naim de US$ 7.015 (cerca de R$ 11.950) delicia os tímpanos com 1.100 watts de som digital. E, enquanto os mais finos couros, revestimentos, metais e carpetes não são novidade, os assentos, chamados de Cobra devido ao seu formato, são totalmente novos.

Com um equilíbrio ideal entre conforto e apoio, onde nenhum dos dois é prejudicado, os Cobras abandonam os cintos de segurança integrados em favor de peças montadas na coluna central, não apenas reduzindo o peso dos bancos, mas também facilitando entrar e sair do carro. Além disso, a parte de trás dos bancos dianteiros e recortada, dando aos passageiros do banco de trás 45 mm a mais de espaço para as pernas.

À venda a partir de abril de 2011, com um preço inicial de cerca de 195 mil dólares (cerca de 331,5 mil reais), o Continental GT 2012 representa uma evolução sofisticada da primeira geração que mais ou menos definiu o segmento de GTs ultrapremium durante a maior parte da última década. Adicione o fato de que um motor V8 mais barato mas mais eficiente irá estrear no fim de 2011 e a segunda geração da família Continental não mostra sinais de cansaço. A Bentley parece estar plenamente consciente que, quando o público-alvo é feito de compradores que andam sobre dinheiro, é melhor ter jogo de cintura.

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