Eu já havia testado o Jetta automático (nas versões de 120 e de 200 cv), mas faltava o contato com o modelo de câmbio manual. Como já havia ocorrido nas outras vezes, o carro agrada. O câmbio manual tem engates bons, a alavanca é curta (padrão VW) e a relação de marchas agrada. Ele aproveita bem a potência gerada pelo motor (que não é muita, diga-se). O torque, por outro lado, agrada, e o Jetta consegue ser ágil. Esse motor 2.0 realmente tem essa qualidade: como no Golf, transmite sensação de esperteza, e só mostra suas limitações se o motorista quiser explorar muito o acelerador. Resumindo, nas situações do dia a dia o Jetta vai bem.
Mas a questão é que a maioria dos sedãs médios também vai muito bem. O Jetta é bom, mas será que isso é suficiente? Tomo por base o Civic. O sedã da Honda tem ótima dirigibilidade, uma direção mais rápida que a do Jetta, além de respostas mais eficientes do motor, mesmo sendo 1.8. O câmbio do Jetta é bom; o do Civic é ótimo. O Jetta tem rodar mais macio, é verdade, mas o Honda é mais firme, e tem suspensão independente atrás. No VW, ela está presente apenas no TSI (2.0 turbo). Mais uma vez, no dia a dia isso não faz diferença, mas o Civic tem limite de aderência superior em curvas. Em última análise, é mais seguro.
O painel digital do Honda dá um banho no do VW. Que por sua vez devolve a lavada por causa da tela touch screen. E repete a lavada na capacidade do porta-malas. Mas perde por ter garantia de apenas um ano. Nessa categoria, o padrão são três anos – no mínimo.
Por que eu estou falando de Civic? Porque ele continua a ser a referência da categoria. Na apresentação do Peugeot 408, no início do ano, os engenheiros da empresa francesa deixaram claro que haviam comprado um Honda só para dissecação. Ele era o target.
O curioso é isso: os carros novos estão medindo forças com um sedã prestes a ser substituído – e ainda perdem dele em muitos quesitos. O Civic está aí desde 2006. Conclusão? Preste atenção no… Renault Fluence.
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